Aquela noite estava quente. Saíram de mãos dadas de casa, desceram a vila e foram até à praia, foram até "ao fim", até onde já não se ia mais para além, a não ser de barco.
Sempre a tinha fascinado o que estava do lado de lá. Sempre a tinha fascinado que ali fosse "o fim" mas não fosse. Que ali fosse o fim mas o início de algo - ela acreditava que o fim não era mais que um início.
A noite estava convidativa. A brisa quente aconchegava os sentidos e proporcionava viagens mentais a universos pouco explorados.
-Sabes? Devíamos ir buscar uma manta.
- Uma manta, agora? Para quê?
- Duas mantas. Devíamos ir buscar duas mantas. Uma para estendermos na areia. Outra para nos taparmos.
- Agora?
- Já!
Voltaram para trás em passo acelerado. Brincavam com a sombra longa projectada no chão. Iam de mãos dadas, ora ela puxando por ele, ora ele puxando por ela, riam enquanto corriam, como quando eram jovens.
-Lembras-te de nós? Aqui? Lembras-te? - perguntava ela enquanto ria.
Pegaram nas mantas e regressaram à praia, como se sempre tivesse sido lá o mundo deles.
Ela escolheu o lugar: ali no areal extenso onde para a frente só se via o mar e a luz que a lua projectava nele. Estenderam a manta, deitaram-se por cima e taparam-se com a outra. Só para estarem aconchegados, a olhar o céu.
Ele abraçou-a envolvendo-a nos seus braços e ela, sentindo-se protegida, pensou que o mundo não existia mais, só eles e aquele lugar.
Ali, debaixo do céu, das estrelas, da lua e com a música do mar fizeram amor e sentiram-se como nunca antes em tantos anos que se sentiram e entregaram.
Abraçados, debaixo da lua e das estrelas e do céu e com o mar a cantar a sua música aos seus pés foram um só e deixavam-se agora dormir.
-Esta foi a melhor noite da minha vida, sabias?
-Schhhh... esta é apenas uma das nossas melhores noites.
(29 Agosto 2007)
Sempre a tinha fascinado o que estava do lado de lá. Sempre a tinha fascinado que ali fosse "o fim" mas não fosse. Que ali fosse o fim mas o início de algo - ela acreditava que o fim não era mais que um início.
A noite estava convidativa. A brisa quente aconchegava os sentidos e proporcionava viagens mentais a universos pouco explorados.
-Sabes? Devíamos ir buscar uma manta.
- Uma manta, agora? Para quê?
- Duas mantas. Devíamos ir buscar duas mantas. Uma para estendermos na areia. Outra para nos taparmos.
- Agora?
- Já!
Voltaram para trás em passo acelerado. Brincavam com a sombra longa projectada no chão. Iam de mãos dadas, ora ela puxando por ele, ora ele puxando por ela, riam enquanto corriam, como quando eram jovens.
-Lembras-te de nós? Aqui? Lembras-te? - perguntava ela enquanto ria.
Pegaram nas mantas e regressaram à praia, como se sempre tivesse sido lá o mundo deles.
Ela escolheu o lugar: ali no areal extenso onde para a frente só se via o mar e a luz que a lua projectava nele. Estenderam a manta, deitaram-se por cima e taparam-se com a outra. Só para estarem aconchegados, a olhar o céu.
Ele abraçou-a envolvendo-a nos seus braços e ela, sentindo-se protegida, pensou que o mundo não existia mais, só eles e aquele lugar.
Ali, debaixo do céu, das estrelas, da lua e com a música do mar fizeram amor e sentiram-se como nunca antes em tantos anos que se sentiram e entregaram.
Abraçados, debaixo da lua e das estrelas e do céu e com o mar a cantar a sua música aos seus pés foram um só e deixavam-se agora dormir.
-Esta foi a melhor noite da minha vida, sabias?
-Schhhh... esta é apenas uma das nossas melhores noites.
(29 Agosto 2007)